domingo, 20 de setembro de 2015

EMMYS 2015 - As Minhas Escolhas


 Os Emmys são esta noite, ou madrugada, para ser mais exato, e eu gostaria de partilhar algumas das minhas opiniões sobre essas tão celebradas honras da televisão americana. Aqui apresento as minhas escolhas, ou desejos, dos vencedores, tendo como opções os nomeados que esta noite poderão acabar com um troféu nas mãos. Também acrescento um nome que os Emmys sacrilegamente ignoraram, segundo a minha opinião é claro. Há a acrescentar que não escreverei sobre todas categorias, tanto porque não disponho da paciência para tal e porque não vejo suficiente televisão para poder ter uma opinião sobre todas as imensamente numerosas categorias dos Emmys.



MELHOR SÉRIE – DRAMA

Minha escolha: Mad Men – Temporada 7. Parte 2
 Sei que a série já foi suficientemente honrada com quatro consecutivos troféus pelas primeiras quatro temporadas, mas é-me impossível negar o triunfo destes últimos capítulos. Tendo em conta que nutri pouco afeto pela sexta temporada, o sucesso e surpreendente conclusão desta última temporada foi particularmente fenomenal de experienciar. Os momentos que fecham a série são de absoluta perfeição e apenas com isso, a série já mereceria esta honra.

Restantes nomeados:
  • Better Call Saul – Temporada 1
  • Downton Abbey – Série 5
  • Game of Thrones – Temporada 5
  • Homeland – Temporada 4
  • House of Cards – Temporada 3
  • Orange is the New Black – Temporada 2

Quem os Emmys esqueceram: The Knick


MELHOR SÉRIE – COMÉDIA

Minha escolha: Transparent – Temporada 1
 A série de Jill Soloway é como um filme independente americano tornado em série televisiva, tendo toda a banalidade corrosiva e a falta de originalidade, que infetam a maior parte desses filmes, sido apagada e substituída por uma intimidade serena e magistralmente melancólica. Um retrato familiar com uma complexidade surpreendente e uma frieza mesclada com um impacto emocional inegável.

Restantes nomeados:
  • Louie – Temporada 5
  • Modern Family – Temporada 6
  • Parks and Recreation – Temporada 7
  • Silicon Valley – Temporada 2
  • Unbreakable Kimmy Schmidt – Temporada 1
  • Veep – Temporada 4
Quem os Emmys esqueceram: Jane the Virgin


MELHOR MINI-SÉRIE

Minha escolha: Wolf Hall
 Um enredo histórico que já foi tratado inúmeras vezes em variadas adaptações, mas poucas vezes com tanta frieza e sagacidade para as políticas da época. Constrói um ambiente de asfixiante manipulação e intriga a partir de uma recriação histórica que nunca cai na superficialidade vazia que caracteriza tantos trabalhos semelhantes. Severo e austero onde o melodrama seria espectável e ritmicamente vagaroso sem perder um crescente e violento fatalismo que progride ao longo da série até ao final cortante.

Restantes nomeados:
  • American Crime
  • American Horror Story: Freak Show
  • The Honourable Woman
  • Olive Kitteridge

Quem os Emmys esqueceram: The Book of Negroes



MELHOR REALIZAÇÃO – DRAMA

Minha escolha: Steven Soderbergh por The Knick, episódio: Method and Madness
 A experimentação de género de Soderbergh aplicado a um drama médico. Um costume drama histórico subvertido por escolhas dissonantes e brilhantemente idiossincráticas, tanto a níveis de violência visceral como em termos de enquadramento e mistura sonora. Merece o prémio nem que seja só pela genial abertura do episódio e da série com o choque de música eletrónica, realismo grotesco, recriação meticulosa de época e estilização precisa e firmemente aplicada.

Restantes nomeados:
  • Lesli Linka Glatter por Homeland, episódio: From A to B and Back Again
  • David Nutter por Game of Thrones, episódio: Mother’s Mercy
  • Tim Van Patten por Boardwalk Empire, episódio: Eldorado
  • Jeremy Podeswa por Game of Thrones, episódio: Unbowed, Unbent, Unbroken

Quem os Emmys esqueceram: Matthew Weiner por Mad Men, episódio: Person to Person


MELHOR REALIZAÇÃO – COMÉDIA

Minha escolha: Jill Soloway por Transparent, episódio: Best New Girl
 Um episódio de magnífica intimidade, o modo como Soloway filma os seus atores é magistral encontrando o âmago do episódio e da série na reticência silenciosa das suas pausas e não nos seus diálogos ou ações exteriores. O modo como estabelece uma relação de desejos nunca expressos e julgamentos nunca falados é sublime, tanto na melancólica trajetória de Maura como na imaturidade impetuosa de Ali. O desejo pelo eu cristalizado numa pausa, num olhar, no prolongar de um momento de desconforto.

Restantes nomeados:
  • Louis C.K. por Louie, episódio: Sleepover
  • Armando Iannucci por Veep, episódio: Testimony
  • Mike Judge por Silicon Valley, episódio: Sand Hill Shuffle
  • Phil Lord e Christopher Miller por The Last Man on Earth, episódio: Alive in Tucson (Pilot)

Quem os Emmys esqueceram: Andrew Haigh por Looking, episódio: Looking for Home


MELHOR REALIZAÇÃO – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Lisa Cholodenko por Olive Kitteridge
 Uma distanciação ao mesmo tempo íntima e alienante. Um abrasivo retrato de uma protagonista e dose seres humanos à sua volta. À medida que avança a série, a realização vai-se tornando mais próxima, mais floreada e estilisticamente próxima de uma delicada perspetiva próxima do seu sujeito.

Restantes nomeados:
  • Hugo Blick por The Honourable Woman
  • Uli Edel por Houdini
  • Peter Kosminsky por Wolf Hall
  • Ryan Murphy por American Horror Story: Freak Show, episódio: Monsters Among Us
  • Dee Rees por Bessie
  • Tom Shankland por The Missing

Quem os Emmys esqueceram: Howard Deutch por American Horror Story: Freak Show, episódio: Edward Mordrake, Part 2


MELHOR ATRIZ – DRAMA

Minha escolha: Elisabeth Moss em Mad Men, episódio: Person to Person
 Depois de sete (ou oito) temporadas de exímio e preciso trabalho, Moss merece um troféu por este seu trabalho. Penso que deveria tê-lo ganho pela quarta temporada, mas aqui o seu trabalho é igualmente louvável, pegando num final que poderia ter sido problemático e injetando-o com uma dose de complexidade e verismo emocional que fazem qualquer aspeto mais superficialmente forçado ou convoluto do texto acabe por funcionar. A cena da chamada telefónica com Stan apenas funciona pelo seu trabalho, que é tão preciso quão avassaladoramente tocante.

Restantes nomeadas:
  • Claire Danes em Homeland, episódio: From A to B and Back Again
  • Viola Davis em How to Get Away with Murder, episódio: Freakin' Whack-a-Mole
  • Taraji P. Henson em Empire, episódio: Pilot
  • Tatiana Maslany em Orphan Black, episódio: Certain Agony of the Battlefield
  • Robin Wright em House of Cards, episódio: Chapter 32

Quem os Emmys esqueceram: Eva Green em Penny Dreadful


MELHOR ATRIZ – COMÉDIA

Minha escolha: Lisa Kudrow em The Comeback, episódio: Valerie is Taken Seriously
 Uma criação tão absurda e ridícula como cortante na sua introspeção abrasiva. O cliché da atriz melodramática e egocêntrica levada a um nível de caricatura que não deixa de ser estranhamente cortante e assustadoramente verosímil. Cada movimento, cada reação têm em si uma carga de desconforto palpável, um sorriso que não podia ser mais artificial e um nervosismo desesperado que parece estar constantemente a ameaçar uma explosão de caótica emoção. E é hilariante, além de tudo o mais.

Restantes nomeadas:
  • Edie Falco em Nurse Jackie, episódio: I Say a Little Prayer or You
  • Julia Louis-Dreyfus em Veep, episódio: Election Night
  • Amy Phoeler em Parks and Recreation, episódio: One Last Ride
  • Amy Schumer em Inside Amy Schumer, episódio: Cool With It
  • Lily Tomlin em Grace and Frankie, episódio: The Vows

Quem os Emmys esqueceram: Laurie Metcalf em Getting On


MELHOR ATRIZ – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Frances McDormand em Olive Kitteridge
 Em Olive, McDormand encontra um perfeito veículo para os seus talentos dramáticos. Despida do humor que caracteriza muitos dos seus melhores trabalhos, a atriz cria em Olive uma protagonista imensamente abrasiva e quase alienante na sua frieza e inexpressão. O passar dos anos é visceral na sua interpretação, e a corrente de orgulho e determinação inabalável fazem de Olive uma escultura humana, marmórea e firme com o peso de uma vida a progressivamente abrirem rachas por entre a sua inicialmente impassível fachada.

Restantes nomeadas:
  • Jessica Lange em American Horror Story: Freak Show
  • Felicity Huffman em American Crime
  • Queen Latifah em Bessie
  • Maggie Gyllenhaal em The Honourable Woman
  • Emma Thompson em Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street - In Concert with the New York Philharmonic

Quem os Emmys esqueceram: Aunjanue Ellis em The Book of Negroes


MELHOR ATOR – DRAMA

Minha escolha: Jon Hamm em Mad Men, episódio: Person to Person
 Parece ridículo que, ao fim de todos estes anos, Jon Hamm ainda não tenha um Emmy por ter criado uma das mais icónicas e inescapáveis figuras da televisão americana da contemporaneidade. Se não bastasse o peso do seu legado, Hamm é incrível no final da série, destruindo e corroendo o resto da imagem inalcançável de Don Draper, estilhaçando-se num turbilhão de desespero e angústia, e no final, com uma expressão, um sorriso sorrateiro, toda a trajetória emocional existencial sucumbe ao sucesso capitalista do sonho americano sob a forma de um anúncio da Coca-Cola.

Restantes nomeados:
  • Kyle Chandler em Bloodline, episódio: Episode 12
  • Jeff Daniels em The Newsroom, episódio: What Kind of Day Has It Been?
  • Bob Odenkirk em Better Call Saul, episódio: Pimento
  • Liev Schreiber em Ray Donovan, episódio: Walk This Way
  • Kevin Spacey em House of Cards, episódio: Chapter 32

Quem os Emmys esqueceram: Peter Capaldi em Doctor Who


MELHOR ATOR – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Mark Rylance em Wolf Hall
 Sempre adoro ver Rylance em filmes ou séries, com a sua voz tremendamente característica e uma reticência formidável neste papel, Rylance é a base que faz toda a construção de Wolf Hall funcionar, tanto como uma narrativa como na sua atmosfera fatalista e de intriga constante. Se calhar não estou a ser particularmente sério ou objetivo com esta escolha, mas, a verdade é que acho que Rylance seria a minha escolha mesmo que se tudo o que fizesse fosse ler uma lista telefónica para uma câmara.

Restantes nomeados:
  • Adrien Brody em Houdini
  • Ricky Gervais em Derek
  • Timothy Hutton em American Crime
  • Richard Jenkins em Olive Kitteridge
  • David Oyelowo em Nightingale

Quem os Emmys esqueceram: Bill Nighty em Worricker: Salting the Battlefield


MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA – DRAMA

Minha escolha: Christina Hendricks em Mad Men, episódio: Lost Horizon
 Tenho medo de me estar a tornar repetitivo com todas estas escolhas de Mad Men, mas a última temporada foi realmente excelente, e é absolutamente ridículo que Hendricks nunca tenha ganho pelo seu trabalho na série. Aqui a sua prestação não é tão estonteante como noutras temporadas passadas (5 e 3), mas é, certamente exímia e precisa, encontrando um orgulho gélido e uma determinação implacável na confrontação que marca o clímax do episódio.

Restantes nomeadas:
  • Uzo Aduba em Orange is the New Black, episódio: Hugs Can Be Deceiving
  • Christine Baranski em The Good WIfe, episódio: Loser Edit
  • Emilia Clarke em Game of Thrones, episódio: The Dance of Dragons
  • Joanne Froggatt em Downton Abbey, episódio: Episode 5.08
  • Lena Heady em Game of Thrones, episódio: Mother’s Mercy

Quem os Emmys esqueceram: Lorraine Toussant em Orange is the New Black


MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA – COMÉDIA

Minha escolha: Niecy Nash em Getting On, episódio: 7th Annual Christmas Card Competition
 A nomeação de Nash foi uma enorme surpresa, mas uma merecida honra para a atriz e para a série em que se encontra. Nash consegue encontrar, pelo meio da comédia negra e seca, uma base de integridade e moralidade que nunca se torna abrasiva ou agressiva. Uma serena presença que balança o tom da série e que, em momentos de silêncio e reações precisamente calibradas, consegue obter dos momentos mais tocantes e arrebatadores de Getting On.

Restantes nomeadas:
  • Mayim Bialik em The Big Bang Theory, episódio: The Prom Equivalency
  • Julie Bowen em Modern Family, episódio: Valentine's Day 4: Twisted Sister
  • Anna Chlumsky em Veep, episódio: Convention
  • Gabby Hoffman em Transparent, episódio: Rollin’
  • Allison Janney em Mom, episódio: Dropped Soap and a Big Guy on a Throne
  • Jane Krakowski em Unbreakable Kimmy Schmidt, episódio: Kimmy Gets a Job
  • Kate McKinnon em Saturday Night Live, episódio: Host: Taraji P. Henson

Quem os Emmys esqueceram: Lauren Weedman em Looking


MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Regina King em American Crime, episódio: Episode Four
 Penso que American Crime é uma série imensamente problemática que, muitas vezes, reduz os seus ambiciosos temas a simplicismos desinspirados. King contraria a simplificação usual do texto, encontrando uma figura integra e impassível na sua segura moralidade. Os confrontos da sua personagem com o irmão são dos pontos altos da série, conjugando e confrontando uma humanidade e familiaridade que parecem, por momentos, impossíveis de mesclar com a integridade idealista que parece mover todas as ações e decisões no retrato de King.

Restantes nomeadas:
  • Mo’Nique em Bessie
  • Angela Basset em American Horror Story: Freak Show, episódio: Show Stoppers
  • Kathy Bates em American Horror Story: Freak Show, episódio: Edward Mordrake, Part 1
  • Sarah Paulson em American Horror Story: Freak Show, episódio: Tupperware Party Massacre
  • Zoe Kazan em Olive Kitteridge, episódio: Pharmacy

Quem os Emmys esqueceram: Janet McTeer em The Honourable Woman


MELHOR ATOR SECUNDÁRIO – DRAMA

Minha escolha: Michael Kelly em House of Cards, episódio: Chapter 27
 Francamente, nenhum dos nomeados dos Emmys nesta categoria me deixa muito impressionado, sendo que a minha escolha seria Michael Kelly exclusivamente devido à sua seleção de episódio e não devido ao seu trabalho em toda a temporada. Em Chapter 27 Kelly tem um episódio, basicamente, dedicado apenas a si mesmo, tendo oportunidade de mostrar uma fisicalidade brutal e grotesca ao longo do capítulo, assim como transparecendo de uma determinação quase doentia sem nunca exagerar na sua abordagem.

Restantes nomeados:
  • Jonathan Banks em Better Call Saul, episódio: Five-0
  • Jim Carter em Downton Abbey, episódio: Episode 5.09
  • Alan Cumming em The Good Wife, episódio: Undisclosed Recipients
  • Peter Dinklage em Game of Thrones, episódio: Hardhome
  • Ben Mendelsohn em Bloodline, episódio: Episode 12

Quem os Emmys esqueceram: Matt Czuchry em The Good Wife


MELHOR ATOR SECUNDÁRIO – COMÉDIA

Minha escolha: Tituss Burgess em Unbreakable Kimmy Schmidt, episódio: Kimmy Goes to School
 A revelação cómica do ano, um estereótipo fácil tornado no mais interessante elemento desta nova série. O episódio que escolheu tem um dos mais inegavelmente hilariantes momentos da passada temporada televisiva americana. Peeno Noir! Como é possível não adorar Burgess depois do seu absurdo e formidável número musical.

Restantes nomeados:
  • Andre Braugher em Brooklyn Nine-Nine, episódio: The Mole
  • Ty Burrell em Modern Family, episódio: Crying Out Loud
  • Adam Driver em Girls, episódio: Close-Up
  • Tony Hale em Veep, episódio: East Wing
  • Keegan-Michael Key em Key & Peele, episódio: Sex Detective

Quem os Emmys esqueceram: Jeremy Allen White em Shameless


MELHOR ATOR SECUNDÁRIO – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Damian Lewis em Wolf Hall, episódio: Crows
 Lewis é uma impressionante e majestosa presença como Henrique VIII. Há uma inocência e ingenuidade consequentes de um privilégio e superioridade insulares que fazem do seu Henrique algo semelhante a uma criança petulante com a presença inegável de um monarca poderoso. Quando esse lado mais infantil começa cair em grotesco e perversidade do seu poder, Lewis encontra algo de assustadoramente errático no comportamento do monarca, nunca deixando as suas oscilações de humor ou racionalidade parecerem mais que uma folia passageira e comum na existência dessa monumental figura da história inglesa, que, nas mãos do ator, nunca é a distante figura mítica que seria nas mãos de outro.

Restantes nomeados:
  • Richard Cabral em American Crime, episódio: Episode Eleven
  • Bill Murray em Olive Kitteridge, episódio: Security
  • Denis O’Hare em American Horror Story: Freak Show, episódio: Pink Cupcakes
  • Michael Kenneth Williams em Bessie
  • Finn Witrock em American Horror Story: Freak Show, episódio: Bullseye

Quem os Emmys esqueceram: John Gallagher Jr. em Olive Kitteridge


MELHOR ARGUMENTO – DRAMA

Minha escolha: Matthew Weiner por Mad Men, episódio: Person to Person
 Agora sim, estou a ser inegavelmente repetitivo. Em minha defesa, o final de Mad Men foi, pelo menos para mim, algo simultaneamente surpreendente e diferente das expectativas gerais dos fãs, como foi um final imensamente apto e, francamente, perfeito para a série. Com conclusões surpreendentes onde esperava indefinição, e ambiguidade sofisticada onde eu esperava finalidade deprimente. Em especial gostaria de mencionar as cenas que mostram a família Draper, sendo que o final vislumbre de Betty e Sally foi dos mais cortantes e avassaladores em toda a história da série. Viva Matthew Weiner! Viva Mad Men!

Restantes nomeados:
  • David Benioff e D.B. Weiss por Game of Thrones, episódio: Mother’s Mercy
  • Joshua Brand por The Americans, episódio: Do Mail Robots Dream Of Electric Sheep?
  • Semi Chellas e Matthew Weiner por Mad Men, episódio: Lost Horizon
  • Gordon Smith por Better Call Saul, episódio: Five-0

Quem os Emmys esqueceram: Michelle King e Robert King por The Good Wife, episódio: Oppo Research


MELHOR ARGUMENTO – COMÉDIA

Minha escolha: Simon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche por Veep episódio: Election Night
 A maravilhosa sátira política que marcou o trabalho de Iannuci em The Thick of It, aqui transmutado num comentário sobre a política americana. Este foi, para mim, o melhor episódio da temporada que, por vezes foi caindo em desinteresse e tédio, alcançando o ridículo e acidez que tanto caracterizam os melhores momentos de Veep. A cena em que Serena se apercebe que o seu candidato a vice-presidente poderá acabar com a presidência é das mais hilariantes passagens de toda a série.

Restantes nomeados:
  • Alec Berg por Silicon Valley, episódio: Two Days of Candor
  • Louis C.K. por Louie, episódio: Bobby’s House
  • David Crane e Jeffrey Klarik por Episodes, episódio: Episode 4.09
  • Will Forte por The Last Man on Earth, episódio: Alive in Tucson (Pilot)
  • Jill Soloway por Transparent, episódio: Pilot

Quem os Emmys esqueceram: Emma Fletcher e Rachna Fruchbom por Parks and Recreation, episódio: Pie-Mary


MELHOR ARGUMENTO – MINI-SÉRIE OU FILME TELEVISIVO

Minha escolha: Peter Straughan por Wolf Hall
 Uma magistral intriga política que, apesar do filtro distanciador da História, consegue ter um poder imediato que lembra as melhores séries sobre política contemporânea. O facto de ser uma adaptação literária é inescapável, mas há um dinamismo dramático e quase cinemático que fazem tal origem algo imensamente esquecível. A história como jogo de poder sob um olhar de um dos jogadores mais implacáveis, mas injetado com uma moralidade subjacente que modula até os mais negros momentos da série.

Restantes nomeados:
  • Jane Anderson por Olive Kitteridge
  • Hugo Blick por The Honourable Woman
  • Christopher Cleveland, Horton Foote, Bettina Gilois e Dee Rees por Bessie
  • Lee Eisenberg, Stephen Merchant e Gene Stupnitsky por Hello Ladies: The Movie
  • John Ridley por American Crime

Quem os Emmys esqueceram: Lawrence Hill e Clement Virgo por The Book of Negroes

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